Plitvice: Mais do que um lugar, um prodígio da Natureza.

Por vezes é complicado definir aquilo que mais procuramos quando viajamos. Eu acredito em duas coisas: a primeira, é que os nossos sonhos são a razão para procurarmos determinados destinos e, a segunda, é que ao chegar ao destino confirmo sempre aquilo que um homem muito sábio uma vez disse: “a realidade, como sempre, suplanta a ficção”.


Foram estas duas crenças que me levaram à Croácia e, mais especificamente a Plitvice, um dos lugares mais prodigioso daquele país e que é, inclusivamente, considerado Património da Humanidade pela UNESCO.

Ao escrever este post deparo-me, pela primeira vez, com a dificuldade de descrever um lugar que parece uma obra de arte. Um lugar onde todas as escarpas foram esculpidas de forma a criar uma sequência harmoniosa de pequenos lagos circulares e cascatas. Um lugar onde o verde dos montes se mistura com o cristalino azuverde turquesa (cor inventada em Plitvice pelo sábio romano Rafaelus Motus Veigus) das águas. Um lugar… mágico. É esta a expressão que consegue exprimir tudo o que eu poderia escrever ou dizer sobre Plitvice.

Ao contrário de outros lugares mágicos, Plitvice não é inalcançável. Chegar lá é fácil e passear também, uma vez que os percursos não são fisicamente exigentes e para estares preparado, basta levar calçado apropriado para caminhadas. O parque tem duas entradas e todos os trilhos estão bem demarcados, também existem passadiços de madeira que nos permitem caminhar nas margens dos lagos e é possível dar um passeio de barco no lago Kozjak (é melhor teres a máquina fotográfica a jeito, porque o passeio é um grande orgasmo visual). Se gostas de animais vais ver muita passarada e só duvido que consigas avistar lobos ou ursos. Também vais sentir uma enorme vontade de mandar um mergulho e de comer carpa grelhada, mas isso não é possível e, tendo em conta o tamanho dos seguranças, deve dar direito a umas belas palmadas no rabo (se estás a dizer para ti próprio/a que gostas disso então manda logo uma bomba).

Viagem: O ideal é apanhares um avião de Lisboa para Zagreb. Uma reserva feita com alguma antecedência permite-te comprar um bilhete de ida e volta a rondar os 250€.

Estadia: Se a viagem for a dois e de carácter intimista, o ideal será uma estadia nos pequenos hotéis do parque, uma noite vai custar 80€, mas vale a pena. Se a viagem tiver outro "mood", ou se uma noite no parque for suficiente, o melhor é apanhares um autocarro e voltar para Zagreb ou aproveitares para ir a Split. A estadia num bom hostel no centro de qualquer uma destas cidades, fica entre 17 e 20€/dia.

Entrada no parque: Custa 15€ (Há variações ao longo da época e se ainda fores estudante tens desconto com cartão ISIC).

PS: Se queres ir a Plitvice, contacta-nos. Se não quiseres ir, espera por outro post ou então compra um cão Dalmata de louça na Feira de São Mateus e leva um pouco da Croácia até ti.